Pré-Consciencialização























Partindo da narrativa do Admirável Mundo Novo, de Aldus Huxley, e das suas relações com o mundo e a sociedade real e actual, pretendemos estabelecer algumas comparações com o que se passa hoje em dia com alguns órgãos que acabam por nos gerir.

São exemplos a publicidade e a sociedade de trabalho em que vivemos quase todos hoje em dia, num circuito que nos educa desde crianças para estudar, ter um trabalho, fazer dinheiro para nos sustentarmos, a nós e a uma família, se assim se proporcionar.

Sem fazer de todas estas questões uma regra, uma vez que existem modos de vida que fogem a estas questões, pretendemos abordar a impossibilidade de nos livrarmos do excesso de informação a que somos expostos diariamente, no decurso de uma vida.

Sem que consigamos fugir do invólucro da publicidade, dos circuitos sociais, culturais, laborais, dos media, da comunicação social e das mensagens orais e escritas que ouvimos sem ler, já quase inconscientemente, a nossa reflexão parte ao encontro da transformação de todas estas questões em objectos comuns de que somos, apesar de tudo, dependentes, e dos quais acabamos por fazer parte.

Através de abordagens bem-humoradas, satíricas e irónicas, o processo de trabalho tem-se centrado na construção de um ambiente fechado, em que o visitante se sente incapacitado de reagir/interagir com toda a informação que lhe é dada a ouvir, ver, ler e assimilar, ao fim de alguns minutos de permanência. Não existe forma de escapar ao excesso de informação vazia ou com de conteúdo, e a única interacção pretendida baseia-se no assimilar de tudo o que é transmitido, no mastigar a informação e na exaustão visual e sonora, através de imagens e objectos sonoros baseados em mensagens publicitárias, e ideais de uma vida de trabalho e de cadeia social, cultural e laboral forçada, ou apenas aceite, de forma conformada.

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